As medidas em estudo no governo para frear a expansão do crédito no Brasil e evitar uma elevação das taxas de juros para conter a inflação só devem atingir alguns tipos de empréstimos.
Segundo reportagem publicada pelo jornal O Globo neste sábado, citando fontes do Ministério da Fazenda, a compra da casa própria, por exemplo, será preservada das restrições. A idéia é aumentar as exigências dos bancos para os financiamentos de longo prazo apenas em setores em que a demanda aquecida esteja pressionando mais fortemente os índices de preços.
– Não será algo generalizado. O governo não quer frear o crescimento, mas colocar uma pequena trava no consumo das famílias – disse a fonte ao Globo.
Como informou o colunista do jornal “O Globo” Merval Pereira na sexta-feira, Mantega adiantou que o setor automotivo deverá ser alvo dessas medidas. As concessionárias estão vendendo veículos parcelados em até 99 meses. A idéia do ministro seria, por exemplo, encontrar um mecanismo de tornar inviáveis financiamentos com prazos acima de 36 meses.
A indústria recebeu as medidas com cautela. Segundo o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Armando Monteiro, a idéia de Mantega é positiva desde que seja aplicada com cautela. Segundo ele, a restrição ao crédito só deve ser feita em áreas nas quais bens de consumo duráveis tenham sofrido aumentos de preços e estejam pressionando a inflação.
– No setor de alimentos, por exemplo, que têm contribuído para a inflação ficar mais alta, não adianta restringir crédito – disse ele, acrescentando:
– Se o governo identificar pressões, ele deve agir de forma pontual e aí sim tomar medidas para conter o crédito. Isso é sempre um caminho melhor do que aumentar juros. Eu apóio a medida com cautela.
Fonte: O Globo
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